quinta-feira, agosto 25, 2011

Mudança de modelo mental

Quem vem para o Canadá, ou imigra para um outro país qualquer, precisa fazer um reexame completo de seus modelos, e isso é uma das coisas mais difíceis de se fazer.
Primeiro porque nos brasileiros em sua grande maioria somos acostumados a defender nossas opiniões com veêmencia, marcar o nosso espaço e quase nunca pensamos muito no meio que estamos inseridos. (Há excessões claro).

Não falo isso com sentido de critica, mas sim porque o primeiro impacto que temos aqui é o reaprender, e reaprender conforme um novo modelo.

Qual o seu modelo de Papai Noel por exemplo ?

Este modelo te choca? então esteja preparado para encarar mudanças de modelos tão radicais quanto esta no seu dia-a-dia.

Temos que reaprender a falar, reaprender a fazer compras no supermercado, reaprender o sistema de transporte o escolar o bancário, reaprender a se relacionar, reaprender os costumes, etc, etc.

Para conseguir o primeiro emprego por exemplo é preciso compreender o que o mercado está pedindo e escolher o ramo para o qual você está mais preparado e possui mais experiência e, por vezes, aprender a reconhecer que precisa tomar uma atitude se a sua especialidade não está em alta, ser versátil e se realinhar, reaprender, mudar o curso e a especialidade se for o caso.

Essa mudança de modelo eu acho que ficou bem ilustrada no conto a seguir que me foi enviado por e-mail por um colega de longa data, e eu resolví compartilhar com vocês porque acho que pensar a respeito é um dos passos importantes para uma boa adaptabilidade no Canadá, onde tudo é muito diferente do que vemos no Brasil. (de acordo com o meu entendimento claro).

NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL(é isto mesmo, você não leu errado)

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio…

O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…

O rapaz fez uma pausa e continuou:

- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:

- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Divagando o assunto, o rapaz continuava.

- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de ‘técnico de futebol’, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo.

Voltou a dizer nesses termos:

- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças…
Eu nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:…NINGUÉM…Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.

terça-feira, agosto 09, 2011

Haja fôlego!!!!

Magnólia e André

Depois de tanto tempo vivendo essa nossa estória contada em blog, tão cheia de nuances e uma expectativa que parecia infindável, hoje resolvi me manifestar e dizer que:
Celso Arrais é uma pessoa muito aventureira, desbravadora, persistente, otimista, enfim incansável !
E é por isso que eu já lhe pedi, IMPLOREI, para que nos próximos cem, melhor, mil anos, ele não invente mais nenhuma mudança.
Estou rezando ajoelhada em caroços de milho, pedindo muito a Deus porque senão ele é capaz de arrumar alguma coisa para explorar no Pólo Norte e querer viver com os Esquimós!
Caraca!!! Haja fôlego!!! Mas mesmo assim, eu o admiro muiiiiiiiiiito!!!!


Magnólia